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A sul-coreana Hanwha entrega um novo lote de obuses autopropulsados ​​K9A1 para a Polônia

A sul-coreana Hanwha entrega um novo lote de obuses autopropulsados ​​K9A1 para a Polônia

A Agência Polonesa de Aquisições de Defesa anunciou a chegada à Polônia de um novo lote de 12 obuses autopropulsados ​​K9A1.

Aqui está o que sabemos

A nova entrega indica que a Hanwha Aerospace está cumprindo o contrato assinado com o Ministério da Defesa polonês de acordo com o cronograma especificado no acordo.

Em julho de 2022, a Polônia assinou o primeiro contrato com a Hanwha Aerospace para o fornecimento de 212 canhões K9A1. O primeiro lote de 24 sistemas de artilharia foi entregue à Polônia em dezembro de 2022. Em 2023, a Hanwha entregou outros 40 K9s ao país. Pelo acordo, a entrega deve ser concluída até 2026. O negócio está avaliado em US$ 2,4 bilhões.

Além disso, em dezembro de 2023, a Polônia assinou um segundo contrato com a Hanwha para sistemas de artilharia. Este acordo, no valor de USD 2,6 bilhões, prevê o fornecimento de seis canhões K9A1 e 146 obuses autopropulsados ​​K9PL (a versão polonesa do K9 com subsistemas de fabricação polonesa) em 2026-2027.

Fonte: Indústria de Defesa Europa

A entrega dos obuses K9A1 à Polônia faz parte de uma estratégia mais ampla de modernização das capacidades militares do país. Esta modernização é impulsionada pela crescente tensão na região e pela necessidade de atualizar os equipamentos militares para fazer face a ameaças contemporâneas. A Polônia, situada numa localização geopolítica sensível, tem vindo a reforçar a sua defesa nos últimos anos, buscando parcerias estratégicas com fabricantes de defesa globalmente reconhecidos.

O sistema K9A1 é uma evolução do K9 Thunder, sendo um obus autopropulsado desenvolvido para proporcionar maior mobilidade, rapidez de fogo e versatilidade em campo de batalha. O K9A1 apresenta melhorias em relação ao seu predecessor, incluindo um sistema de controle de fogo mais avançado, que permite uma resposta mais rápida a alvos em movimento e uma maior precisão em situações de combate.

A colaboração entre a Polônia e a Hanwha Aerospace não se limita apenas ao fornecimento de hardware militar. O acordo inclui transferência de tecnologia e assistência técnica, o que permitirá à Polônia desenvolver uma capacidade industrial autónoma nesta área. O programa K9PL, que incorpora subsistemas de fabricação polonesa, é um exemplo deste esforço de integração e desenvolvimento local, que pode impulsionar a indústria de defesa nacional do país.

Adicionalmente, a assinatura de contratos subsequentes indica uma confiança mútua entre a Polônia e a Hanwha, o que é vital em tempos de incerteza geopolítica. A escolha da Polônia por sistemas de artilharia de origem sul-coreana, um país com uma sólida reputação na indústria de defesa, reflete a intenção de assegurar sistemas de alta qualidade e desempenho.

A integração de novos sistemas de artilharia como o K9A1 no exército polaco também levanta questões sobre a formação e a logística necessárias para manter e operar esses equipamentos de forma eficaz. O sucesso da implementação destes sistemas dependerá não apenas da sua entrega, mas também da preparação adequada das forças armadas para utilizá-los no terreno.

Na esfera política, as entregas dos K9A1 ocorrem num contexto de crescente colaboração militar entre a Polônia e os parceiros da NATO, sendo um passo significativo na construção de uma defesa mais robusta na região do Leste Europeu. A Polônia está a intensificar os seus esforços para ser não apenas um consumidor de tecnologia militar, mas também um contribuinte ativo na segurança regional e na cooperação internacional em defesa.

Este desenvolvimento no setor da defesa polaco é também mobilizador de debates sobre orçamentos de defesa e prioridades estratégicas, num momento em que as nações da NATO estão a reavaliar as suas prioridades em resposta a novas dinâmicas de segurança. A modernização das forças armadas polacas não é apenas uma questão de adquirir novos equipamentos, mas também de assegurar que estejam alinhados com as necessidades e expectativas das ameaças atuais e futuras.