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A TSMC lançará a produção em massa de seus chips de 1,6 nm em 2026, nos quais a Apple e a OpenAI já estão interessadas

A TSMC lançará a produção em massa de seus chips de 1,6 nm em 2026, nos quais a Apple e a OpenAI já estão interessadas

A TSMC, maior fabricante de chips do mundo, planeja iniciar a produção em massa de chips usando a tecnologia A16 Angstrom (1,6 nm) em 2026. Isso será um ano antes da Intel e da Samsung, que começarão a produzir seus chips de 1,4 nm em 2027. Notavelmente, a TSMC não precisará usar máquinas de litografia ASML caras para esse processo, cada uma custando US$ 380 milhões.

Aqui está o que sabemos

A Apple já fez pedidos para produzir chips usando a tecnologia A16 da Angstrom, e a OpenAI está considerando construir seu próprio chip de IA usando a tecnologia. Este chip melhoraria as capacidades do recurso de geração de vídeo do Sora, que poderia se tornar parte das soluções de IA da Apple.

Chips usando a tecnologia A16 Angstrom serão 8-10% mais rápidos e consumirão 20% menos energia em comparação com chips de 2 nm. A demanda por esses chips deve ser alta, especialmente se o uso do ChatGPT continuar a crescer. A OpenAI pode precisar de US$ 16 bilhões em chips anualmente se o uso do ChatGPT atingir um décimo da escala do Google Search. A ByteDance também planeja usar chips TSMC para seus algoritmos de IA, apesar das sanções dos EUA.

Fonte: UDN

Além disso, a TSMC está a investir significativamente em infraestruturas para suportar essa nova tecnologia. A construção de fábricas dedicadas e a atualização de equipamentos existentes são parte dos planos estratégicos, que visam não apenas atender à demanda crescente por chips, mas também continuar a liderança no setor de semicondutores. A empresa está a trabalhar no desenvolvimento de processos de fabricação ainda mais eficientes, que permitirão a utilização de menos recursos naturais e a redução do impacto ambiental, um fator cada vez mais importante no panorama global de negócios.

Outra consequência da produção em massa de chips de 1,6 nm será a potencial aceleração da inovação em várias indústrias. Com chips mais poderosos e eficientes, espera-se que tanto a computação em nuvem quanto os dispositivos móveis experimentem um avanço significativo em desempenho. A indústria automotiva, que está a adaptar cada vez mais tecnologia de IA e conectividade em seus veículos, também poderá beneficiar-se desta evolução tecnológica, permitindo soluções mais inteligentes e seguras para a mobilidade do futuro.

Há também uma crescente preocupação com a segurança cibernética, uma vez que a miniaturização dos chips pode facilitar a implementação de medidas de segurança avançadas. As empresas estão a considerar a utilização de chips com criptografia embutida e outras características de segurança que poderiam minimizar riscos de ataques e vulnerabilidades. Neste sentido, a colaboração entre gigantes da tecnologia e fabricantes de chips será crucial para garantir que os sistemas estejam não apenas avançados, mas também seguros.

A TSMC, em particular, está a atrair a atenção de investidores e analistas de mercado, uma vez que a sua capacidade de fornecer os chips mais avançados pode oferecer uma vantagem competitiva significativa em relação a outras empresas do setor. O envolvimento de empresas como a Apple e a OpenAI na demanda por chips A16 poderá reforçar a posição da TSMC como fornecedor principal, o que pode impactar a dinâmica do mercado e influenciar as estratégias de negócios de outras empresas que não consigam acompanhar o ritmo.

Quanto à OpenAI, a construção de um chip de IA específico poderá colocar a empresa numa posição única para otimizar o desempenho de seus modelos de geração de conteúdo e processamento de linguagem natural. O Sora, por exemplo, poderá não apenas se beneficiar de um chip mais eficiente, mas também oferecer novas funcionalidades e melhorias para os usuários, possibilitando uma experiência mais rica e interativa.

Com o aumento da competição no setor de chips, espera-se que mais empresas explorem a fabricação de soluções personalizadas, o que poderá alterar ainda mais o cenário tecnológico nos próximos anos. A corrida pela inovação nos semicondutores pode provocar uma onda de fusões e aquisições, bem como colaborações estratégicas, à medida que as empresas buscam consolidar sua posição neste mercado dinâmico e em constante evolução.