A AMD planeja lançar um novo chip de console Z2 Extreme no início de 2025, que será o sucessor do Ryzen Z1 Extreme usado nos dispositivos Asus ROG Ally e Lenovo Legion Go. O anúncio foi feito por Jack Huynh, chefe de tecnologias de computação e gráficos da AMD, na IFA em Berlim. Um representante da AMD confirmou que a empresa está trabalhando com vários parceiros, e o chip provavelmente já está nas mãos de fabricantes de dispositivos portáteis.
Aqui está o que sabemos
Espera-se que o Z2 Extreme seja baseado na arquitetura Strix Point da AMD, que promete desempenho aprimorado do Zen 5. No entanto, ainda não se sabe como isso afetará a duração da bateria. Huynh expressou seu desejo de que os dispositivos sejam capazes de funcionar por até três horas com uma única carga, o que está bem além dos atuais 45 minutos.
Dispositivos portáteis como o ROG Ally e o Legion Go consomem até 50 W, o que drena suas baterias em menos de uma hora. É possível que a AMD crie um chip personalizado para dispositivos portáteis para melhorar a duração da bateria. Isso pode ser um passo significativo para consoles de jogos portáteis.
Fonte: Tendências Digitais
A arquitetura Strix Point, em que o novo chip Z2 Extreme se baseará, poderá integrar tecnologias mais avançadas de gestão de energia e eficiência térmica. Isso é fundamental, considerando as reclamações dos utilizadores sobre a rápida descarga das baterias em dispositivos portáteis. A AMD também pode optar por explorar soluções como overclocking dinâmico e ajustes de desempenho que se adaptam às necessidades do utilizador, garantindo não apenas um aumento no desempenho, mas também uma melhor gestão do consumo energético.
Além disso, o Z2 Extreme poderá incorporar suporte para a nova geração de gráficos e APIs, oferecendo experiências de jogo mais imersivas e realistas. Com a popularização dos e-sports e das plataformas de streaming, a necessidade de um desempenho gráfico robusto e de uma latência baixa torna-se ainda mais crítica. A AMD demonstra um entendimento claro dessas exigências, o que se reflete na sua abordagem ao desenvolvimento de chips para o mercado de consoles portáteis.
A colaborações estreitas com empresas como a Asus e a Lenovo também podem ajudar a AMD a otimizar a integração de hardware e software, maximizando o potencial do novo processador. A personalização do Z2 Extreme para atender às características específicas de cada fabricante poderá resultar em dispositivos que ofereçam não apenas melhor desempenho, mas experiências de utilizador mais satisfatórias.
Por outro lado, a concorrência no mercado de consoles portáteis está a aumentar, com empresas como a Nvidia a entrar no segmento, oferecendo soluções que rivalizam com as da AMD. A estratégia da AMD em inovar com o Z2 Extreme poderá ser vista como uma resposta a esse crescente desafio. Um foco em veículos portáteis de jogo com desempenho elevado e durabilidade de bateria poderá colocar a AMD numa posição de vantagem competitiva, caso consiga realmente cumprir as promessas feitas sobre o novo chip.
Os desafios técnicos para alcançar a meta de três horas de autonomia incluem não só a redução do consumo energético do chip, mas também a otimização da capacidade física das baterias. A evolução das tecnologias de baterias, como as de estado sólido ou com melhores químicos, pode ser um fator limitante, mas também uma área de inovação para as empresas que desenvolvem esses dispositivos.
Além disso, os padrões de utilização e as expectativas dos utilizadores estão a mudar. Muitos gamers procuram dispositivos que outro tipo de funcionalidades, como o streaming de jogos e a conectividade com outros dispositivos. O Z2 Extreme terá de ser desenvolvido com um entendimento claro de como os utilizadores modernos interagem com a tecnologia, e que experiências eles desejam ter a partir de um console portátil.