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O Departamento de Defesa dos EUA assinou um contrato com a Raytheon para o fornecimento de mísseis ar-ar AIM-120 AMRAAM.

Os EUA encomendaram mísseis AIM-120 AMRAAM da Raytheon, alguns serão transferidos para a Ucrânia e outros aliados

O Departamento de Defesa dos EUA assinou um contrato com a Raytheon para o fornecimento de mísseis ar-ar AIM-120 AMRAAM.

Aqui está o que sabemos

Informações sobre isso apareceram no site do Ministério. O contrato é de US$ 1,2 bilhão. O número de mísseis não é divulgado. Sabe-se apenas que alguns deles serão transferidos para a Ucrânia, bem como para Bahrein, Bulgária, Canadá, Finlândia, Alemanha, Hungria, Itália, Japão, Noruega, Suíça e Reino Unido. A Raytheon cumprirá o contrato até 31 de dezembro de 2028.

Flashback

O AIM-120 AMRAAM (Advanced Medium-Range Air-to-Air Missile) é um míssil ar-ar avançado de médio alcance desenvolvido pela empresa norte-americana Raytheon. O AMRAAM é projetado para atingir alvos aéreos, incluindo aeronaves, drones e mísseis de cruzeiro, em alcances de até 160 quilômetros, dependendo da modificação.

O míssil é equipado com um radar ativo homing head, que permite que ele mire independentemente no alvo após o lançamento. Isso fornece um princípio de “atirar e esquecer”, permitindo que os pilotos evitem longo rastreamento do alvo.

O AMRAAM é capaz de operar em todas as condições climáticas e em condições de interferência ativa de radar, tornando-o uma arma versátil para a Força Aérea. O míssil pode ser usado com uma variedade de aeronaves, incluindo o F-16, F-35 e Eurofighter Typhoon.

Fonte: Defesa

A recente encomenda de mísseis AIM-120 AMRAAM é um reflexo das dinâmicas atuais no cenário geopolítico e militar. A crescente tensão nas relações internacionais, especialmente entre os EUA e a Rússia, tem impulsionado os países a fortalecerem as suas capacidades de defesa, especialmente na Europa Oriental. O fornecimento destes mísseis à Ucrânia é particularmente significativo, pois representa um apoio contínuo dos EUA a um aliado em conflito e a busca por estabilização na região.

Além do impacto imediato no campo de batalha, a transferência de tecnologia e armamento para nações como a Bulgária e a Finlândia também indica um aumento na cooperação militar entre os aliados da NATO. A capacidade do AIM-120 AMRAAM de ser lançado a partir de várias plataformas aéreas proporciona uma flexibilidade estratégica, essencial em confrontos modernos, onde a superioridade aérea é crucial para o sucesso em operações militares.

Este modelo de míssil é frequentemente elogiado por sua eficácia em combate e já foi utilizado em diversos conflitos ao longo dos anos. A capacidade da Raytheon de produzir em massa e entregar este tipo de armamento é uma resposta à crescente demanda global por sistemas de defesa aérea mais avançados. A empresa tem uma longa história de inovações em tecnologia militar, e o AIM-120 AMRAAM é um dos seus produtos mais conhecidos, representando um avanço significativo em relação aos modelos anteriores.

Além do escopo da própria encomenda, é interessante notar como os mísseis AMRAAM têm sido integrados a programas de defesa de alta tecnologia, como as novas gerações de caças stealth. A interoperabilidade entre diferentes sistemas e plataformas de combate é um ponto focal nas estratégias atuais de defesa, permitindo que as forças aéreas operem em concertação, mesmo todas utilizando tecnologias diferentes.

O impacto desses mísseis no equilíbrio de poder regional também será um aspecto a ser monitorizado. A presença de armamento avançado em países como a Ucrânia poderá dissuadir agressões e aumentar a segurança regional, mas também há preocupações sobre uma possível escalada do conflito, dado que a Rússia pode ver este fornecimento como uma ameaça direta. A possibilidade de um aumento nas tensões e na corrida armamentista na Europa deve ser cuidadosamente considerada à medida que novos equipamentos entram em operação.

Com a Raytheon focada na entrega dos mísseis até 2028, haverá também um acompanhamento da evolução do cenário político e militar. A contínua modernização das forças armadas de diferentes países, juntamente com a dinâmica do apoio internacional, moldará o futuro da segurança na Europa e, potencialmente, em outras regiões do mundo. O desenvolvimento de mísseis semelhantes e a adaptação a novas tecnologias serão, certamente, objeto de interesse nos anos vindouros.