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A Samsung vem enfrentando problemas de produção com chips de 2 nm, perdendo para a TSMC

A Samsung vem enfrentando problemas de produção com chips de 2 nm, perdendo para a TSMC

Em 2022, a Samsung Foundry teve um desempenho ruim na produção dos processadores Snapdragon 8 Gen 1, o que levou a Qualcomm a mudar para a produção da TSMC. A empresa taiwanesa conseguiu oferecer um desempenho maior de 70 por cento, enquanto a da Samsung foi de apenas 35 por cento. No ano que vem, ambas as empresas planejam iniciar a produção em massa de chips no novo processo de 2 nm, mas a Samsung está novamente enfrentando problemas.

Aqui está o que sabemos

De acordo com fontes, o rendimento da Samsung em produtos acabados no nível de 2 nm é de apenas 10-20%, o que não é suficiente para produção em massa. Mesmo incluindo a produção de 3 nm na qual a empresa está trabalhando, a Samsung Foundry ainda tem um rendimento abaixo de 50%, de acordo com a fonte. A TSMC, por outro lado, tem rendimentos na faixa de 60-70%. Isso deu à TSMC uma participação de 62,3% no mercado global, enquanto a Samsung tem apenas 11,5%.

Como resultado, a Samsung pode ser forçada a pagar um alto preço pelos chips Snapdragon 8 Gen 4 que serão usados ​​na série principal Galaxy S25. Se a Samsung não conseguir melhorar o desempenho, a empresa pode considerar a oferta da MediaTek de usar seus chips Dimensity para futuros modelos principais.

Fonte: Negócios Coreia

A situação atual da Samsung Foundry traz à tona preocupações significativas sobre a competitividade da empresa no mercado de produção de chips. O desempenho insatisfatório na tecnologia de 2 nm, que é vista como um avanço crucial para a eficiência energética e o desempenho dos dispositivos, pode afetar diretamente suas parcerias e planos de inovação. A perda de clientes como a Qualcomm para a TSMC não é apenas uma questão de produção, mas também de reputação e confiança no que concerne à capacidade da Samsung de acompanhar as exigências tecnológicas em constante evolução.

Adicionalmente, o cenário competitivo é cada vez mais desafiador. A TSMC, com seus rendimentos mais altos, não só se estabeleceu como a líder de mercado, mas também está atraindo cada vez mais fabricantes de dispositivos que necessitam de chips de alto desempenho. A eficiência e a capacidade de produção da TSMC permitiram que ela entregasse produtos a preços competitivos, um fator que pode influenciar as decisões futuras da Qualcomm e de outras empresas em suas escolhas de fabricação.

No que respeita ao futuro, a Samsung enfrenta a urgente necessidade de investir em pesquisa e desenvolvimento para resolver as questões que afetam sua produção. A tecnologia de 2 nm, que promete ser uma nova fronteira para a miniaturização e eficiência dos chips, requer não apenas inovação em design, mas também a superação de desafios na fabricação. A decisão de considerar a MediaTek como uma alternativa pode sinalizar uma mudança na estratégia da Samsung, que pode estar disposta a diversificar suas fontes de fornecimento de chips se não conseguir garantir a qualidade e os volumes necessários com seus próprios processos.

Além disso, é importante notar que outras empresas podem estar observando a situação com interesse. A MediaTek, por exemplo, tem se posicionado cada vez mais como uma alternativa viável no mercado de chips, especialmente no segmento de smartphones e dispositivos móveis. Se a Samsung não conseguir estabilizar e melhorar sua capacidade de produção, poderá abrir espaço para que a MediaTek e outras empresas ganhem mais espaço no mercado, impactando ainda mais sua quota global.

As implicações destes desafios não se limitam apenas à produção e aos rendimentos, mas podem também afetar toda a cadeia de suprimentos e a relação com os consumidores. Com a crescente pressão para reduzir os custos e oferecer produtos de qualidade, a Samsung precisa não apenas focar em melhorar os seus processos de fabricação, mas também assegurar que sua forte marca e reputação não sejam comprometidas em meio a essas dificuldades operacionais.