O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, disse que os parceiros ocidentais foram lentos e insuficientes no fornecimento de assistência militar, enfatizando que a Ucrânia não tinha suprimentos suficientes nem para equipar “4 das 14 brigadas”.
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Em uma entrevista ao jornalista da CNN Fareed Zakaria, o presidente da Ucrânia explicou que as Forças de Defesa Ucranianas mal conseguem repelir os ataques devastadores da Rússia devido à falta de equipamento.
Ele enfatizou que Kiev precisa de pelo menos 14 brigadas totalmente equipadas “para estar pronta”, mas os pacotes recentes de ajuda militar não são suficientes para armar nem um terço delas.
“Precisamos equipar 14 brigadas – ainda não temos isso. Não equipamos nem quatro brigadas do último pacote. É por isso que precisamos produzir drones domesticamente. Isso não é o suficiente, mas fizemos”, disse Zelenskyy.
O presidente também disse que a interrupção de vários meses na ajuda militar dos EUA havia esgotado significativamente o estoque de armas da Ucrânia: as Forças Armadas “usaram tudo o que tinham” para se defender do ataque russo.
“Transferimos tudo o que estava nos armazéns e brigadas de reserva. Pegamos tudo o que tínhamos, todas as armas”, acrescentou.
Fonte: Zé! Presidente
O clamor de Zelenskyy por maior apoio destaca não apenas uma necessidade imediata, mas também a urgência de estabelecer uma base sólida para a resistência ucraniana a longo prazo. Na mesma entrevista, ele reforçou a importância de diversificar as fontes de armamento, mencionando a intenção da Ucrânia de investir na produção local de drones e outros sistemas de defesa. Esta abordagem pode representar uma tentativa de reduzir a dependência das nações ocidentais, que têm sido instadas a acelerar o fornecimento de equipamentos essenciais.
A complexidade da situação é ainda mais acentuada pelo fato de que a guerra não mostra sinais de diminuição. Apesar dos esforços da Ucrânia, as forças russas continuam a lançar ofensivas em diversas frentes, causando perdas significativas e forçando os ucranianos a defender os seus territórios com recursos limitados. O presidente ucraniano também abordou o impacto psicológico e social da guerra na população, enfatizando que, além de armamento, é crucial garantir o apoio moral e logístico para os cidadãos que permanecem nas áreas afetadas pelo conflito.
O cenário internacional, por sua vez, está em constante evolução, e a resposta da comunidade global à solicitação de Kiev pode moldar o futuro do conflito. Diversas nações estão a avaliar as suas capacidades e o que podem oferecer sem comprometer a sua própria segurança e orçamentos. A hesitação ou a indecisão dos aliados ocidentais pode levar a consequências adversas, tanto para a Ucrânia quanto para a estabilidade regional.
Além disso, as tensões geopolíticas em torno da guerra na Ucrânia têm repercussões mais amplas, influenciando as relações entre as potências e a dinâmica de outros conflitos regionais. À medida que a Ucrânia procura aliados e recursos, a resposta do Ocidente será observada de perto, não apenas por Kiev, mas também por aliados e adversários em todo o mundo que estão a acompanhar as escolhas estratégicas que moldarão o futuro da segurança europeia e global.