Notícias

A Hungria já recebeu 24 Leopard 2A7HUs

Para substituir os tanques soviéticos: a Hungria já recebeu 24 Leopard 2A7HUs

O Ministério da Defesa húngaro anunciou que no dia 20 de setembro recebeu os 23º e 24º tanques Leopard 2A7HU.

Aqui está o que sabemos

Os novos tanques serão utilizados para equipar o 11º Batalhão de Tanques Tarczai Ervin. Os soldados do batalhão estão passando ativamente por um retreinamento para abandonar completamente os tanques T-72 de fabricação soviética.

Até 2028, espera-se que o batalhão esteja totalmente reequipado. Como parte desta modernização, a Hungria receberá 44 tanques Leopard 2A7HU, 5 veículos especializados Wisent 2HU e 3 veículos de pavimentação de pontes Leguan 2HU.

Tanques Leopard 2A7HU húngaros. Foto: Ministério da Defesa da Hungria

Em 2018, a Hungria assinou um contrato com a empresa alemã KMW para a compra de 44 tanques de batalha principais Leopard 2A7HU. O acordo também incluiu o fornecimento de equipamentos relacionados e 12 Leopard 2A4HUs recondicionados para uso em treinamento. O valor total do contrato é de US$ 565 milhões.

Tanques Leopard 2A7HU húngaros. Foto: Ministério da Defesa da Hungria

Os tanques Leopard 2A7HU são uma versão especialmente adaptada do Leopard 2A7+. O Leopard 2A7HU melhorou a proteção da torre superior e uma nova visão do comandante PERI RTWL. A versão húngara do Leopard também recebeu um novo sistema de controle de fogo

Além disso, a Hungria encomendou 24 obuseiros autopropulsados ​​PzH 2000, o primeiro dos quais foi entregue em agosto de 2022.

Fonte: Ministério da Defesa

Com a modernização do seu equipamento militar, a Hungria está a dar um passo significativo na melhoria da sua capacidade de defesa. A integração dos tanques Leopard 2A7HU permitirá que as Forças Armadas húngaras operem com uma tecnologia mais avançada, equiparando-se às forças de outros países da NATO. Este movimento é especialmente relevante num contexto geopolítico onde a segurança e a defesa na Europa Oriental são cada vez mais prioritárias.

Os Leopard 2A7HU não são apenas uma atualização em termos de tecnologia de combate, mas também representam uma mudança de paradigma na abordagem da Hungria em relação à sua postura militar. A substituição dos antigos T-72 demonstra um compromisso com a modernização e com a adoção de equipamentos que proporcionem uma maior eficiência e eficácia em cenários de combate.

Os novos tanques, com a sua proteção melhorada e sistemas avançados de controle de fogo, serão cruciais para operar em ambientes de combate complexos. O sistema de armamento e os sistemas de visão do comandante são projetados para aumentar a letalidade, permitindo que os operadores tomem decisões mais rápidas e informadas durante as missões. Isso é essencial num tempo em que a guerra moderna é cada vez mais dependente da rapidez na tomada de decisões e da precisão nos ataques.

Além dos tanques, a inclusão dos obuseiros autopropulsados PzH 2000 fortalece ainda mais as capacidades de fogo indireto da Hungria, permitindo uma resposta rápida em operações de suporte de fogo. A entrega contínua desses sistemas de artilharia aponta para um esforço coordenado para melhorar a inter-operacionalidade das unidades militares, algo que é fundamental em missões conjuntas dentro da NATO.

Adicionalmente, a colaboração com a empresa alemã Krauss-Maffei Wegmann (KMW) não é apenas uma transação de compra, mas um movimento estratégico que pode levar a futuras parcerias e transferências de tecnologia. Com a cooperação europeia em defesa a tornar-se cada vez mais relevante, a Hungria pode beneficiar de um acesso mais profundo a inovações militares, o que pode ser um fator chave na sua estratégia de segurança a longo prazo.

A modernização das forças armadas húngaras deverá também ter um impacto positivo na indústria de defesa europeia, incentivando o desenvolvimento de tecnologias locais e gerando empregos no setor. Com a crescente necessidade de defesa na Europa, este tipo de investimento pode posicionar a Hungria como um player chave no mercado de defesa, além de aumentar a sua autonomia em termos de capacidades militares.

Assim, a transição para os Leopard 2A7HU e a modernização geral do exército húngaro refletem uma abordagem proativa na busca por segurança e uma maior integração na estrutura da NATO, ao mesmo tempo que responde a desafios emergentes na região. O futuro das Forças Armadas húngaras parece promissor, com potencial para crescimento e desenvolvimento contínuo, alinhado com os padrões internacionais de defesa moderna.