A Inguar Defence da Ucrânia apresentou o conceito de um veículo de combate de infantaria (IFV) chamado Inguar-7.
Aqui está o que sabemos
O casco do Inguar-7 tem uma aparência robusta, como indicado pelos grossos módulos de blindagem lateral visíveis na imagem. A ausência de um defletor de ondas e sistema de propulsão sugere que o veículo não terá capacidades anfíbias.
Acredita-se que o armamento do Inguar-7 incluirá uma torre não tripulada, estruturalmente similar ao módulo BM-7 Parus, mas com modificações significativas. A torre também parece ter um canhão automático de 30 mm, provavelmente o ucraniano ZTM-2, que é uma variante do russo 2A72.
O canhão é complementado por um lançador duplo para mísseis guiados antitanque ucranianos Stugna-P. A torre também é equipada com uma mira eletro-óptica do artilheiro e uma mira eletro-óptica panorâmica do comandante. Além disso, um conjunto de lançadores de granadas de fumaça é instalado na parte traseira da torre.
A apresentação ocorreu após a Inguar Defence revelar o conceito de veículo blindado leve Inguar-3 no outono de 2022. Um protótipo totalmente desenvolvido do Inguar-3 foi exibido publicamente em março deste ano. Desde então, o veículo supostamente passou por testes de linha de frente e foi usado por unidades da Brigada Azov e da Guarda Nacional.
Fonte: Indústria de Defesa Europa
O Inguar-7 não é apenas um avanço no desenvolvimento de veículos de combate, mas também uma resposta às necessidades atuais das forças armadas ucranianas no contexto do conflito em curso. A Inguar Defence tem demonstrado um compromisso em criar soluções adaptadas às exigências do campo de batalha, focando na proteção das tropas e na eficácia do combate.
Além da capacidade de armamento, o design do veículo sugere um investimento em mobilidade e proteção. Os módulos de blindagem lateral robustos são críticos para a sobrevivência da tripulação em situações de combate urbano, onde a ameaça de ataques diretos é elevado. Isto também é relevante tendo em conta a intenção de proporcionar uma plataforma que suporte operações combinadas, onde a mobilidade e a proteção se tornam essenciais no desdobramento tático.
Outro ponto interessante sobre o Inguar-7 é a escolha do armamento. O canhão automático ZTM-2, embora seja uma variante do modelo russo, possui características que permitem uma elevada taxa de disparo e precisão em alvos aéreos e terrestres. Isso, combinado com a capacidade de lançar mísseis guiados Stugna-P, torna o veículo uma ameaça significativa para sistemas armados inimigos, especialmente tanques e outras plataformas blindadas.
A torre não tripulada representa uma tendência crescente na modernização dos veículos de combate, permitindo que os ocupantes permaneçam protegidos enquanto ainda têm a capacidade de engajar alvos a distância. Essa abordagem ajuda a minimizar o risco de perdas humanas e maximiza a eficácia operacional em território hostil.
Com o protótipo do Inguar-3 já em uso ativo e testado em cenários reais, as expectativas para o Inguar-7 são elevadas. O sucesso deste novo veículo pode não apenas reforçar as capacidades militares da Ucrânia, mas também atrair a atenção de potenciais parceiros e aliados no desenvolvimento e fornecimento de tecnologia de defesa.
Na indústria de defesa global, a introdução de novos modelos e conceitos como o Inguar-7 é um indicativo da inovação contínua e da adaptação às ameaças emergentes. A Ucrânia, neste caso, não está apenas reagindo ao cenário atual, mas também está a preparar-se para o futuro das operações militares e das necessidades de segurança regional.