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A Ucrânia está usando tanques poloneses PT-91 Twardy na operação Kursk porque não precisou pedir permissão aos poloneses

A Ucrânia está usando tanques poloneses PT-91 Twardy na operação Kursk porque não precisou pedir permissão aos poloneses

Na operação Kursk na Federação Russa, as Forças de Defesa Ucranianas estão usando tanques PT-91 Twardy de fabricação polonesa, que foram entregues no início de 2023.

Aqui está o que sabemos

Isso pode servir de exemplo para os países ocidentais que estão tentando regulamentar separadamente o uso de armas no território do país ocupante.

O lado polonês não regulamentou o uso do PT-91 de forma alguma, pois o governo polonês é guiado por um único princípio: após a transferência de armas para a Ucrânia, essas armas se tornam ucranianas. E essa arma pode ser usada de qualquer forma.

Representantes poloneses declararam esse princípio durante uma conversa com jornalistas da publicação romena Defense Romania. Então, talvez, a expressão desse princípio seja de alguma importância para as relações bilaterais entre a Polônia e a Romênia.

Claro, ainda não há informações sobre quantos tanques Twardy estão usando JSLRs nas batalhas na região de Kursk. Além disso, é difícil dizer se eles apareceram no campo de batalha imediatamente ou um pouco depois.

No entanto, jornalistas romenos têm alguns dados interessantes: a Ucrânia pode ter recebido até 100 PT-91 e cerca de 250 tanques T-72M1 da Polônia.

Flashback

O PT-91 Twardy é um tanque de batalha polonês desenvolvido com base no T-72M1 soviético. Introduzido pela primeira vez em 1995, ele combina sistemas modernizados de controle de fogo, blindagem e mobilidade. As principais melhorias incluem proteção dinâmica, um sistema avançado de controle de fogo e novos motores para aumentar a potência e a manobrabilidade. O PT-91 é equipado com um canhão de alma lisa de 125 mm, metralhadoras de 7,62 mm e 12,7 mm.

Fonte: Defesa Romênia

O fornecimento de tanques PT-91 Twardy por parte da Polônia ilustra uma tendência crescente de países da NATO a apoiar militarmente a Ucrânia com equipamentos modernos. A decisão da Polônia em não impor restrições ao uso dos tanques reflete uma compreensão pragmática da situação. Isto é particularmente significativo numa altura em que vários países estão a reconsiderar as suas políticas de exportação de armamento.

Além dos PT-91, a Polônia tem desempenhado um papel crucial na atualização e manutenção dos equipamentos ucranianos, o que pode ser visto como uma estratégia de reforço da segurança regional. Com a escalada do conflito, a capacidade da Ucrânia de operar com tecnologias mais avançadas pode mudar o equilíbrio de poder no terreno. A sinergia entre a Polônia e a Ucrânia mostrou-se fundamental, não apenas no contexto militar, mas também na promoção de laços diplomáticos mais fortes.

Adicionalmente, a utilização de tanques PT-91 Twardy na operação Kursk coloca em evidência a modernização das forças armadas ucranianas. Isso é um fator que pode influenciar outros países da região a considerarem o apoio à Ucrânia de forma similar. A ideia de que as armas fornecidas possam ser utilizadas de maneira eficaz e decisiva reflete-se diretamente na moral das tropas ucranianas e na percepção pública sobre o apoio internacional que recebem.

Os tanques T-72M1, juntamente com os PT-91, indicam uma diversificação na frota de veículos blindados da Ucrânia, o que pode ser determinante para as operações em várias frentes. Não se pode ignorar também o impacto que esses desenvolvimentos podem ter na dinâmica do conflito, onde a adaptação a novas táticas e tecnologias é crucial para a sobrevivência e sucesso em combate.

Ademais, essa situação levanta questões sobre a segurança a longo prazo da Ucrânia, assim como a necessidade de um diálogo contínuo entre os países ocidentais e a NATO para garantir que o suporte militar se mantenha. Os desenvolvimentos nas operações e a capacidade da Ucrânia de utilizar eficientemente os equipamentos recebidos podem também ter repercussões significativas em futuras negociações de paz e no restabelecimento da estabilidade na região.

É importante considerar que a cooperação militar entre a Polônia e a Ucrânia não se limita apenas aos tanques. Existem outros aspectos, como a possibilidade de trocas de informações de inteligência e a coordenação em exercícios militares conjuntos, que podem fortalecer ainda mais as capacidades defensivas da Ucrânia.

Por fim, a presença dos PT-91 Twardy representa não apenas um suporte militar, mas também um símbolo de aliança e solidariedade entre os países da região que se opõem à agressão. O ambiente de segurança na Europa Central e Oriental continua a ser reconfigurado à medida que os países tomam medidas mais proativas em resposta a uma possível expansão de ameaças externas.