Na conferência de segurança GLOBSEC em Praga, a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen disse que seu país apoia o levantamento de todas as restrições ao uso de armas de longo alcance pela Ucrânia.
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Segundo Frederiksen, o mundo ocidental não tem o direito de falar sobre “linhas vermelhas” para um país que está em estado de grande guerra. Na opinião dela, esse é o maior erro que ajuda os invasores.
O Primeiro-Ministro disse que é hora de finalmente mudar a abordagem e pensar em fornecer à Ucrânia os suprimentos que lhe permitirão vencer a guerra. Além disso, a Europa e os Estados Unidos vêm dizendo há vários anos que não podem permitir que a Ucrânia perca esta guerra.
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, e primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen
“Devemos parar de falar sobre restrições de armas para as Forças Armadas e levantar a questão ao contrário, ou seja, fornecer tudo o que for necessário para a vitória. Claro, sem esquecer de cumprir com o direito internacional”, disse Mette Frederiksen.
O primeiro-ministro pediu àqueles que não apoiam devidamente a vitória da Ucrânia que “compreendam o quão perigosa é a situação”.
Fonte: Segurança Global
A declaração de Mette Frederiksen surge num momento crítico para a Ucrânia, que continua a enfrentar desafios significativos desde o início do conflito. A líder dinamarquesa enfatizou a importância de uma resposta robusta da comunidade internacional, afirmando que as restrições atuais podem comprometer as capacidades defensivas da Ucrânia. A sua posição é um convite à reflexão sobre a eficácia das políticas de armamento restrito, especialmente quando se lida com uma agressão de larga escala.
Além disso, as palavras de Frederiksen apelam a um novo entendimento sobre a segurança europeia. Ela sugere que o abandono das chamadas “linhas vermelhas” pode ser essencial para assegurar que a Ucrânia tenha os meios necessários para se proteger. Esta mudança de paradigma na política ocidental poderia influenciar a estratégia de apoio militar e logístico à Ucrânia, levando a um aumento das entregas de equipamento militar avançado, que poderia incluir sistemas de mísseis de longo alcance e outras tecnologias que reforçam as capacidades defensivas e ofensivas.
A líder dinamarquesa também destacou a responsabilidade moral e ética que os países ocidentais têm para com a Ucrânia, um tema que ressoa entre várias nações que têm expresso preocupações sobre a continuidade da invasão russa. O apoio à Ucrânia tem-se manifestado através de várias formas, desde sanções económicas contra a Rússia até a assistência humanitária e militar. A declaração de Frederiksen pode servir como um catalisador para discussões mais amplas dentro da NATO e da União Europeia sobre o nível de apoio militar que deve ser concedido à Ucrânia.
Enquanto isto ocorre, a situação no terreno permanece tensa, com várias regiões da Ucrânia ainda sob ataque. A necessidade de um apoio contínuo e urgente é amplamente reconhecida dentro da comunidade internacional. Frederiksen não apenas apela a um aumento nos suprimentos, mas também sublinha a necessidade de uma estratégia coordenada entre os aliados da Ucrânia, para garantir que a assistência não apenas flua, mas que também seja eficaz.
As propostas para o levantamento das restrições sobre o fornecimento de armas de longo alcance também se alinham com a estratégia de defesa da Ucrânia, que tem solicitado repetidamente sistemas mais avançados para responder à ofensiva russa. O aumento da pressão para a entrega dessas armas pode, potencialmente, mudar o rumo do conflito, permitindo que a Ucrânia recupere território e reforce a sua posição defensiva.
Assim, a conferência GLOBSEC em Praga tornou-se um ponto focal para discutir o futuro do apoio ocidental à Ucrânia, à medida que líderes internacionais buscam alinhar suas abordagens. A voz assertiva da Dinamarca, liderada por Mette Frederiksen, pode ser um sinal da crescente urgência entre os aliados para intensificar o apoio à Ucrânia e, ao mesmo tempo, abrir um debate mais amplo sobre as políticas de segurança na Europa.