A nave espacial Starliner da Boeing está programada para retornar à Terra em 6 de setembro, partindo da Estação Espacial Internacional (ISS).
Aqui está o que sabemos
A espaçonave deve pousar no White Sands Spaceport, no Novo México, às 12:03 am ET em 7 de setembro. A espaçonave usará paraquedas para desacelerar sua descida, bem como airbags.
A NASA confirmou que os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams retornarão à Terra em uma SpaceX Crew Dragon em vez de uma Starliner devido a problemas técnicos com esta última. Wilmore e Williams chegaram à ISS em junho, mas falhas no motor e um vazamento de hélio tornaram inseguro para eles retornarem à Starliner. Portanto, eles retornarão a bordo da SpaceX Crew Dragon.
A transmissão ao vivo do retorno do Starliner estará disponível no NASA+, no aplicativo da NASA e no agênciasite oficial da SpaceX. A missão Crew-9, que supostamente substituirá a Starliner na ISS, ocorrerá não antes de 24 de setembro com dois astronautas: Nick Hague e, estranhamente, com o russo Alexander Gorbunov.
Fonte: NASA
O Starliner, que faz parte do programa de veículos de transporte comercial da NASA, foi concebido para levar astronautas para a ISS e retornar a eles em segurança. Este teste não tripulado é um passo crucial para garantir a confiabilidade da nave, antes de potenciais voos com astronautas a bordo. Ao longo dos últimos meses, as equipes da Boeing têm trabalhado intensamente para resolver os problemas que foram identificados durante a missão anterior, que atrasaram o cronograma inicial do lançamento.
A missão atual serve não apenas para testar as capacidades de retorno da nave, mas também para validar os sistemas de segurança que estão em vigor. Os responsáveis pela missão explicaram que o uso de paraquedas e airbags para o pouso é uma medida crítica, pois garante que a espaçonave consiga aterrissar suavemente, minimizando assim o risco de danos. O Starliner deve começar sua descida com uma manobra de desaceleração, iniciando agora uma nova fase de testes que inclui a monitorização do desempenho dos sistemas durante a reentrada na atmosfera terrestre.
A NASA continua a trabalhar em estreita colaboração com a Boeing, fornecendo expertise técnica e apoio logístico durante todo o processo de retorno. O sucesso desta missão pode propiciar uma nova era de voos espaciais tripulados, dada a crescente necessidade de capacidade de transporte para a ISS e futuras missões espaciais. O projeto da Boeing é um dos componentes-chave do esforço da NASA para reduzir a dependência da Rússia para transporte humano à estação espacial, especialmente após as mudanças políticas e os desafios associados.
Expectativas estão elevadas dentro da comunidade espacial, à medida que o Starliner se aproxima de sua reentrada. Além do foco no retorno em segurança, a situação torna-se ainda mais crítica pela necessidade de demonstrar a capacidade da empresa em cumprir os prazos e requisitos estabelecidos pela agência espacial. Os desafios enfrentados durante o desenvolvimento do Starliner destacam a complexidade e os riscos inerentes ao transporte espacial, evidenciando a contínua necessidade de inovação e resolução de problemas na engenharia aeroespacial.
Com as tensões geopolíticas que estão a afetar cada vez mais as colaborações no espaço, o desempenho da Starliner terá implicações significativas não apenas para a Boeing, mas também para a posição da NASA neste contexto dinâmico. A reação da comunidade científica e do público ao retorno da nave será monitorizada de perto, especialmente à luz das recentes mudanças na liderança do programa de exploração espacial da NASA. É um momento definidor para as parcerias comerciais no setor espacial, que continuam a evoluir com base em desafios e sucessos passados.