Na sexta-feira, 14 de setembro, o Departamento de Estado dos EUA aprovou a venda de caças F-35 para a Romênia por US$ 7,2 bilhões.
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Este é um contrato que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso dos EUA, segundo o qual Bucareste pode comprar 32 aeronaves F-35A, bem como equipamentos relacionados e treinamento de pilotos com o apoio da Lockheed Martin.
“Esta venda proposta apoiará a política externa e os objetivos de segurança nacional dos Estados Unidos ao melhorar a segurança de um membro da OTAN que é uma força importante para a estabilidade política e econômica na Europa”, disse o Departamento de Estado em um comunicado.
Curiosamente, o contrato foi anunciado quando pilotos ucranianos começaram o treinamento em um centro especial na Romênia no F-16.
Fonte: O Posto de Defesa
A venda dos F-35 para a Romênia não se limita apenas à aquisição de aeronaves, mas também envolve um amplo pacote de suporte e desenvolvimento de capacidades. O acordo incluirá não apenas os caças, mas também sistemas de manutenção, peças de reposição e a formação necessária para a operação efetiva dos mesmos. Essa movimentação destaca a prioridade dos EUA em reforçar a presença militar na Europa Oriental, especialmente em resposta às crescentes tensões na região.
A Romênia, sendo membro da OTAN desde 2004, tem buscado modernizar suas forças armadas e aumentar a sua capacidade de defesa. A compra dos F-35 representa um passo significativo neste objetivo, dado que esses caças são considerados uma das mais avançadas plataformas de combate aéreo do mundo, com tecnologia furtiva e capacidades de combate de alta performance. Este investimento é visto como uma resposta estratégica não apenas à realidade geopolítica na Europa, mas também à necessidade de fortalecer a segurança coletiva entre os aliados da OTAN.
Além disso, o treinamento de pilotos ucranianos em F-16 na Romênia é um indicador da crescente cooperação militar na região, que visa fortalecer as defesas contra possíveis ameaças externas. A sinergia entre os esforços de modernização militar da Romênia e o apoio a países vizinhos em conflito ressalta a importância de uma postura unificada dentro da OTAN, especialmente neste momento de incerteza em relação à segurança europeia.
A venda também levanta questões sobre o aumento da militarização da região e como isso pode impactar as relações com a Rússia. O Kremlin tem expressado preocupação com as expansões militares da OTAN perto de suas fronteiras, e este tipo de acordo pode ser interpretado como uma provocação. Por outro lado, os aliados da OTAN sustentam que tais medidas são necessárias para garantir a segurança e a estabilidade na Europa Oriental.
Em termos financeiros, o contrato de 7,2 bilhões de dólares representa um investimento significativo para a Romênia, que procura não apenas adquirir novas tecnologias, mas também desenvolver uma indústria de defesa mais robusta a nível nacional. A Lockheed Martin, fabricante do F-35, já possui uma presença na Europa e este contrato pode abrir portas para futuras colaborações entre empresas americanas e romenas no setor de defesa.
Enquanto a Romênia aguarda a aprovação do Congresso dos EUA, a expectativa é de que esse movimento impulsione ainda mais o desenvolvimento das forças armadas romenas e consolide a sua posição como um aliado-chave na defesa europeia.