O Departamento de Estado dos EUA aprovou a venda de até 186 mísseis ar-ar avançados de médio alcance AIM-120C-8 (AMRAAM) para a Romênia.
Aqui está o que sabemos
Junto com o AMRAAMS, Bucareste também solicitou quatro seções de orientação AIM-120C-8 AMRAAM e equipamentos relacionados. Isso inclui mísseis de treinamento AIM-120, contêineres de mísseis, seções de propulsão, seções de controle, kits de telemetria e peças de reposição para ogivas.
A potencial venda, no valor de US$ 592 milhões, melhorará a capacidade da Força Aérea Romena de defender seu espaço aéreo contra intrusões.
Além disso, o acordo melhorará a capacidade da Romênia de “realizar missões de autodefesa e segurança regional, ao mesmo tempo em que aprimora a cooperação operacional com os Estados Unidos e outros membros da OTAN”.
Vale a pena notar que a Romênia comprará esses mísseis dos EUA, já que o país comprou recentemente 32 F-16s usados da Noruega. Isso aconteceu depois que Bucareste descomissionou sua frota de MiG-21s soviéticos. Isso aumentará a frota da Romênia dos 17 F-16s que ela comprou anteriormente de Portugal.
Flashback
O AIM-120 AMRAAM é um míssil ar-ar americano moderno de médio alcance. Usado pela primeira vez em 1991, o AMRAAM substituiu modelos mais antigos, como o AIM-7 Sparrow. Ele é equipado com um radar ativo homing head, que permite um ataque “dispare e esqueça”, onde o piloto não precisa manter o controle do alvo após o lançamento. Capaz de atingir alvos a uma distância de até 160 km, o AIM-120 se tornou o principal míssil para aeronaves da OTAN e é usado em F-15, F-16, F/A-18, Eurofighter Typhoon e outras aeronaves.
Fonte: O Posto de Defesa
A venda dos mísseis AMRAAM para a Romênia destaca a crescente tendência de modernização das forças armadas do país, que tem como objetivo fortalecer a sua capacidade defensiva em face das crescentes tensões na região do Leste Europeu. A decisão de adquirir os mísseis coincide com a política de defesa mais robusta adotada pelos países da OTAN, especialmente após a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e os subsequentes desenvolvimentos no conflito ucraniano.
Além de aumentar a autodefesa da Romênia, o acordo de venda também reflete a vontade dos EUA de reforçar a segurança dos seus aliados europeus e apoiar a dissuasão contra potenciais ameaças. O DES (Department of State) frequentemente aprova vendas de armamento como uma forma de promover a estabilidade regional e fortalecer as alianças existentes. Os mísseis AMRAAM são uma peça chave para a integração das capacidades aéreas das forças armadas dos países da OTAN, permitindo operações conjuntas mais eficazes.
A aquisição dos AMRAAM, junto com os novos F-16, transformará significativamente a capacidade aérea da Romênia. O país está a fazer uma transição de uma frota baseada em aeronaves mais antigas, como os MiG-21, para uma frota moderna e interoperável que pode operar ao lado de forças da NATO, criando assim um ambiente de maior segurança no flanco oriental da Aliança.
A transferência de tecnologia e know-how que acompanha a compra também não deve ser subestimada. Os pilotos e técnicos romenos terão acesso a treinamento e suporte contínuo, o que não apenas melhora a sua proficiência operacional, mas também assegura que a Romênia se torne um parceiro ainda mais valioso dentro da estrutura da NATO.
Pelo que se pode observar, essa compra é um reflexo das crescentes preocupações com a segurança, particularmente à medida que a Rússia intensifica suas atividades militares nas áreas adjacentes à NATO. O foco na modernização e na atualização das capacidades defensivas é uma prioridade crescente não apenas para a Romênia, mas para muitos outros países da Europa Oriental que procuram assegurar a sua soberania e segurança no atual clima geopolítico.
Assim, a Romênia não só garante a sua defesa, mas fortalece também a posição da NATO como um todo, enviando uma mensagem clara de unidade e determinação na defesa dos valores e territórios da Aliança em um tempo de incerteza global.