No sábado, 3 de agosto, caças da OTAN interceptaram duas aeronaves russas Su-30 perto do espaço aéreo letão sobre o Mar Báltico.
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A Força Aérea Alemã relatou que os pilotos russos não tentaram cooperar, mas também não foram agressivos. De acordo com o canal de notícias alemão Bild, dois Eurofighters alemães e dois jatos Gripen suecos participaram da interceptação.
Os caças russos estavam participando de um exercício de treinamento, mas seu plano de voo não foi comunicado com antecedência.
“Os transponders foram desligados e os pilotos não responderam às solicitações de rádio”, disse um porta-voz da Força Aérea Alemã ao Bild.
Vale a pena notar que esta não é a primeira vez que caças russos tentam entrar em espaço aéreo estrangeiro. Em meados de junho, aeronaves da OTAN tentaram 11 vezes detectar e escoltar aeronaves russas voando em espaço aéreo internacional sem comunicação adequada ou planos de voo. A maioria dessas aeronaves russas também teve seus transponders desligados, de acordo com a agência de notícias lituana LRT.
Fonte: Indústria de Defesa Europa
A crescente frequência de interceptações de aeronaves russas por parte de jatos da OTAN tem gerado preocupação entre os países bálticos, que estão particularmente atentos a atividades militares que possam ameaçar a sua soberania. Desde a anexação da Crimeia por parte da Rússia em 2014, a NATO tem reforçado a sua presença na região, realizando exercícios e aumentando os recursos militares como forma de dissuasão.
Além das atividades de interceptação, a cooperação entre as Forças Armadas dos estados membros da NATO tem sido intensificada. Treinamentos conjuntos são organizados regularmente para melhorar a capacidade de resposta rápida e a eficácia na coordenação de operações aéreas. O exercício de intercetração de agosto é apenas um exemplo da colaboração entre as forças aéreas alemãs e suecas, evidenciando o comprometimento em assegurar a defesa do espaço aéreo europeu.
As preocupações de segurança na região também estão a ser ampliadas pela situação na Ucrânia, que continua a ser um ponto focal de tensão entre a Rússia e o Ocidente. O aumento de operações aéreas russas não apenas na região do Mar Báltico, mas também nas proximidades da Polônia e dos países nórdicos, contribui para um clima de incerteza e vigilância. Os militares ocidentais continuam a monitorizar de perto os movimentos das forças russas, tanto aéreos quanto navais.
Além disso, a tecnologia presente nos jatos de combate da OTAN, como os Eurofighters e os Gripens, é considerada superior. Com sistemas avançados de radar e armamento, esses jatos têm uma capacidade de deteção e resposta a ameaças que se destaca, refletindo a necessidade de modernização e investimento contínuo na defesa aérea dos países membros da NATO.
Por outro lado, a Rússia tem também realizado investimentos significativos nas suas forças armadas, incluindo o desenvolvimento de novas aeronaves e atualizações nas já existentes. O Sukhoi Su-30, que foi interceptado no incidente mencionado, é um caça multifunções com capacidades de combate avançadas, o que torna esses confrontos cada vez mais estratégicos do ponto de vista militar.
Diante deste panorama, o envolvimento dos estados bálticos e das forças da NATO na vigilância e defesa do espaço aéreo da região é um reflexo das crescentes tensões e a necessidade de estar preparado para quaisquer eventualidades. O equilíbrio de poder aéreo na Europa continua a ser um tema crítico, à medida que as dinâmicas de segurança evoluem.