As Forças de Defesa de Israel descobriram e destruíram um edifício que havia sido convertido em uma posição de lançamento para um míssil de cruzeiro DR-3, que na verdade é um UAV de reconhecimento Tu-143 Reis de fabricação soviética atualizado.
Aqui está o que sabemos
A publicação israelense i24news afirma que o DR-3 tem um alcance de até 200 quilômetros e é de origem russa.
A publicação afirma que o alcance do DR-3 permite que ele atinja alvos ao norte de Tel Aviv. Ainda não se sabe quantos desses mísseis de cruzeiro o Hezbollah tem em serviço. Sabe-se apenas que em 22 de setembro, o grupo planejou lançar mais de 150 mísseis e drones em Israel.
Posição de lançamento do DR-3 no Líbano
Vale a pena prestar atenção aos detalhes destacados pelo Defence Express. Até agora, não havia informações de que o Hezbollah tinha mísseis de cruzeiro DR-3 de fabricação russa em seu arsenal. Além disso, não se sabia que eles tinham mísseis de cruzeiro.
Aparentemente, esta é a primeira vez que o próprio exército israelense encontra este DR-3, que é essencialmente um Tu-143 Reis soviético.
É possível que o Hezbollah tenha conseguido obter um certo número de Tu-143s do regime de Bashar al-Assad na Síria, onde esses drones foram fornecidos pela União Soviética.
No entanto, surge a questão sobre quem poderia ter ajudado os libaneses e sírios a transformar o Reis em um míssil de cruzeiro improvisado. A publicação israelense tentou encontrar a resposta: eram especialistas russos que poderiam fornecer orientação sobre tal atualização.
Fonte: i24notícias
Este desenvolvimento levanta muitas questões sobre as capacidades militares do Hezbollah e como esses grupos armados estão conseguindo adaptar tecnologia antiga para fins modernos. A atualização do Tu-143 Reis para um sistema de mísseis de cruzeiro DR-3 não é apenas um feito técnico, mas também uma demonstração das dinâmicas de guerra contemporânea, onde grupos não estatais conseguem transformar equipamentos obsoletos em armas sofisticadas.
A conversão de drones de reconhecimento em mísseis de cruzeiro também indica uma mudança nas táticas do Hezbollah, que pode estar a tentar aumentar a eficácia de seus ataques aéreos contra Israel. A guerra moderna frequentemente envolve o uso de drones, que oferecem vantagens de custo e versatilidade, permitindo a realização de reconhecimento e ataque com uma única plataforma. O uso de sistemas aéreos não tripulados também pode permitir operações mais furtivas, dificultando a detecção por parte de sistemas de defesa aérea israelenses.
Além disso, a colaboração entre o Hezbollah e aliados como a Rússia levanta questões sobre como tecnologias avançadas estão a ser disseminadas em regiões em conflito. Com a presença militar russa na Síria, é plausível a possibilidade de que especialistas russos tenham contribuído para o desenvolvimento e modernização destas capacidades junto das milícias libanesas. Este tipo de suporte poderia ser determinante para a evolução das táticas do Hezbollah e impactar a dinâmica regional dos conflitos.
O fato de o alcance do DR-3 permitir atingir alvos ao norte de Tel Aviv também é um indicativo de que o Hezbollah está a diversificar suas opções de ataque, potencialmente ampliando a sua capacidade de ameaçar alvos israelenses estratégicos. Isso não só intensifica a pressão sobre Israel, mas também pode levar a uma resposta militar mais robusta por parte das Forças de Defesa de Israel (IDF), que já demonstraram a sua pronta capacidade de neutralizar ameaças com precisão.
A situação pode ainda ser descortinada por outros fatores, como a capacidade do Hezbollah de expandir este arsenal e se houver melhorias contínuas no seu acesso a tecnologia militar avançada. A atualização de sistemas obsoletos pode levar os analistas a questionar quais outras tecnologias poderiam estar em desenvolvimento, e qual seria o impacto de tais inovações nos conflitos futuros.
Além disso, os movimentos do Hezbollah e suas atualizações tecnológicas têm implicações geopolíticas mais amplas, especialmente para outros países da região que observam como grupos não estatais se adaptam e modernizam suas capacidades. Isso pode incentivar tanto a corrida armamentista quanto aumentar a vigilância internacional sobre os apoiadores do Hezbollah e sua transferência de tecnologia militar. É um ambiente dinâmico e em rápida evolução que necessita de atenção contínua por parte dos analistas e formuladores de políticas.