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O mais novo submarino nuclear da China, Zhou, afundou, mas eles estão escondendo isso

O mais novo submarino nuclear da China, Zhou, afundou, mas eles estão escondendo isso

Imagens de satélite mostram que o submarino nuclear Zhou afundou por volta de maio ou início de junho, mas Pequim está tentando encobrir o incidente.

Aqui está o que sabemos

O jornal citou fotografias e disse que grandes guindastes flutuantes chegaram ao local perto do cais do rio Yangtze, onde o barco afundou para retirá-lo do fundo.

Não está claro o que está acontecendo com o navio e se ele transportava combustível nuclear. Os EUA também não sabem se algum membro da tripulação morreu ou ficou ferido a bordo.

O barco nuclear afundado em um estaleiro perto de Wuhan. Foto: Planet Labs PBC

Além disso, as autoridades norte-americanas não viram sinais de que as autoridades chinesas tenham recolhido amostras de água para verificar a contaminação por radiação. Ao mesmo tempo, acrescentam que “o risco de vazamento é provavelmente baixo porque o submarino não estava no mar e seus reatores provavelmente não estavam operando em níveis de potência elevados”.

De acordo com um relatório dos militares dos EUA, no ano passado, a China tinha em serviço seis submarinos de mísseis balísticos movidos a energia nuclear, seis submarinos de ataque nuclear e 48 submarinos movidos a diesel.

Fonte: PA

A situação em torno do submarino Zhou levanta questões sobre a segurança e a transparência das operações navais da China. Historicamente, a China tem sido bastante reservada em relação a informações sobre suas capacidades militares, o que gera especulações sobre a extensão do seu programa nuclear e as implicações de tal acidente.

As autoridades chinesas, que normalmente controlam rigorosamente a comunicação sobre incidentes militares, ainda não divulgaram uma declaração oficial sobre o afundamento. Esta falta de informação alimenta rumores e preocupações tanto a nível local como internacional quanto à integridade dos sistemas de segurança dos submarinos nucleares chineses.

O uso de guindastes flutuantes para recuperar o submarino indica que as autoridades estão a tratar o ocorrido com prioridade. Contudo, a rapidez e a eficácia da operação podem ser questões complicadas, especialmente se o submarino estiver danificado de tal forma que dificultava a sua recuperação. Além disso, a experiência anterior de outros países na recuperação de submarinos pode fornecer lições valiosas, mas cada situação é única, e as condições em que o Zhou se encontra devem ser cuidadosamente avaliadas.

Neste contexto, o papel dos EUA também é significativo. A falta de informações claras por parte da China pode levar a um aumento das tensões entre os dois países. Washington está particularmente atenta a qualquer desenvolvimento que possa afetar o equilíbrio de poder na região do Pacífico. A capacidade de monitorizar a China, especialmente em termos de segurança nuclear, é uma prioridade para os EUA, que podem considerar este incidente como um ponto de partida para uma análise mais aprofundada das capacidades e planos estratégicos da China.

Além disso, há preocupações sobre a possibilidade de um padrão de segurança mais amplo ser afetado. Outros países com programas semelhantes podem observar os acontecimentos e a resposta da China a este acidente. A forma como a China lida com a situação poderá influenciar a maneira como outras nações abordam suas próprias operações de submarinos nucleares e as normas de segurança associadas.

Esta situação está ainda a evoluir e será interessante ver como a China irá gerir as implicações políticas e militares do afundamento do Zhou. A comunidade internacional continuará a observar de perto enquanto busca respostas às várias questões levantadas por este incidente intrigante e potencialmente grave.