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O mercado de smartphones da China está crescendo, enquanto a Apple fica para trás

A Apple está perdendo terreno no mercado chinês

De acordo com um novo estudo, a fatia de mercado do iPhone da Apple na China continua a cair. A empresa perdeu sua posição e saiu do top cinco de fornecedores.

Aqui está o que sabemos

Analistas acreditam que há duas coisas que podem mudar a situação: inteligência artificial e dispositivos dobráveis. Apesar do crescimento das vendas, o iPhone está perdendo terreno para os concorrentes. No segundo trimestre de 2024, o mercado de smartphones na China cresceu 10% ano a ano. Embora as vendas do iPhone tenham se beneficiado do festival de compras 618, ele foi superado pelos concorrentes chineses.

A Apple ficou em sexto lugar, e sua participação de mercado diminuiu em 2% para 14%. Este é o primeiro trimestre em que os fornecedores nacionais dominam os cinco primeiros, disse o analista da Canalys Research Lucas Zhong. As empresas chinesas estão investindo em produtos de ponta e trabalhando em estreita colaboração com fornecedores locais. Um exemplo é o mais recente Magic V3 da HONOR, que usa GenAI.

O Apple Intelligence deve ser lançado neste outono com uma série de recursos poderosos, mas inicialmente oferecerá suporte apenas ao inglês dos EUA. A localização desses serviços na China será crítica nos próximos 12 meses.

O rumor do iPhone dobrável se tornará realidade em 2026. Este dispositivo destaca a importância dos smartphones dobráveis ​​para o mercado chinês. Se a Apple não entrar nesses mercados, sua participação pode continuar a cair.

Fonte: Pesquisa Canalys

Os fabricantes chineses, como Huawei, Vivo e Xiaomi, têm demonstrado uma capacidade notável de adaptação e inovação, respondendo rapidamente às preferências dos consumidores locais. Esses concorrentes têm lançado dispositivos com preços competitivos e funcionalidades que atraem um público que cada vez mais busca smartphones que integram tecnologias emergentes, como a inteligência artificial. Esta transformação está a provocar uma reviravolta no ecossistema dos smartphones, desafiando a hegemonia de marcas que outrora eram dominantes.

A adoção crescente de tecnologia 5G na China também desempenha um papel fundamental na dinamização do mercado. Os consumidores estão cada vez mais interessados em dispositivos que ofereçam não apenas hardware avançado, mas também software que possa tirar partido das velocidades de transmissão de dados mais rápidas. Essa mudança nas expectativas dos consumidores eleva a pressão sobre a Apple para que adapte os seus produtos às novas demandas do mercado.

Enquanto isso, a Apple continua a avançar com seus próprios planos para integrar mais capacidades de inteligência artificial em seus produtos. A introdução de funcionalidades que personalizam a experiência do utilizador e melhoram a eficiência dos dispositivos poderá ser uma tentativa de reconquistar o terreno perdido. Contudo, essa estratégia requer um software que se entrelace bem com o restante do ecossistema da Apple, algo que poderá demorar a aparecer, especialmente se a localização for uma barreira significativa.

A competitividade no segmento dos smartphones dobráveis é outro fator a considerar. Empresas como Samsung já estão bem estabelecidas neste mercado, e a entrada tardia da Apple poderá não ser suficiente para assegurar uma fatia substancial. A inovação não é apenas sobre criar dispositivos dobráveis, mas também sobre oferecer uma experiência do utilizador intuitiva e diferenciada que cative o público-alvo. Para além disso, as vendas de modelos como o iPhone 15 Pro e Pro Max, que foram bem recebidos em outros mercados, podem não ter o mesmo impacto numa China cada vez mais competitiva.

Adicionalmente, as tensões geopolíticas e a pressão regulatória sobre empresas estrangeiras na China podem complicar ainda mais o cenário para a Apple. À medida que os consumidores e a indústria tecnológica chinesa se tornam mais nacionalistas, as marcas locais podem beneficiar de um aumento na lealdade do consumidor, especialmente considerando a recente promoção do consumo de produtos locais pelo governo. Isso poderá representar um desafio adicional para a Apple, que se vê, assim, numa posição delicada para reverter a sua trajetória descendente.