Parece que a Sony tem muitas franquias próprias: The Last of Us, God of War, Horizon, Uncharted, Ghost of Tsushima e muitas outras, mas a gerência da empresa acredita que isso não é suficiente.
Aqui está o que sabemos
Em uma entrevista ao Financial Times, a administração da Sony expressou o desejo de “nutrir” uma nova PI (propriedade intelectual).
Sejam jogos, filmes ou animes, não temos muita propriedade intelectual que tenhamos apoiado desde o começo. Falta-nos a fase inicial da propriedade intelectual, e isso é um problema para nós.
O CFO da Sony, Hiroki Totoki, acrescentou que a Sony geralmente é melhor em encontrar novos públicos para IPs populares existentes.
No entanto, ao criar novos IPs, o principal é que a Sony removeu a página do Concord no site do PlayStation, e todas as informações sobre o jogo foram removidas da PS Store, que fechou em 2 semanas, e lembre-se de que o PlayStation já tem franquias legais que foram esquecidas por algum motivo (alô, inFamous e Days Gone).
Fonte: estilo de vida playstation
A ausência de novas propriedades intelectuais (PIs) na Sony pode ser atribuída a diversas razões. A indústria de videojogos, caracterizada pela intensa concorrência e pela necessidade de inovação constante, exige que as empresas não apenas exploram o que já existe, mas que também arrisquem na criação de novos universos narrativos. Enquanto o portfólio de franquias da Sony é robusto, a repetição e a dependência excessiva de títulos já estabelecidos podem limitar a capacidade da empresa em alcançar novos públicos e capturar o interesse de jogadores mais jovens.
A busca por novas PIs não se limita apenas aos videojogos. Na verdade, a Sony já tem demonstrado um interesse crescente em expandir suas propriedades para outros meios, como filmes e séries. A popularidade de adaptações de videojogos para o cinema e televisões, como a série The Last of Us, tem provado que há um mercado potencial imenso para aquelas histórias que se conectam emocionalmente com o público. No entanto, o desafio reside em garantir que essas novas IPs sejam suficientemente atrativas e inovadoras para se destacarem no saturado mercado atual.
Outro ponto relevante é que a Sony parece estar ciente do risco de cancelamento de projetos, como foi o caso do Concord. Este jogo apresentava potencial, mas a decisão de removê-lo do site e da PS Store antes mesmo do seu lançamento sugere que a empresa está a reevaluar suas estratégias de desenvolvimento. Isso também levanta questões sobre a abordagem que a Sony está a tomar para priorizar quais projetos devem ser financiados, numa era em que os orçamentos para jogos podem facilmente escalar, exigindo um retorno sobre o investimento mais robusto.
A análise da situação também aponta para a possibilidade de uma mudança de paradigma na forma como a diretoria da Sony vê suas operações. Ao invés de focar em continuar a polir franquias existentes, poderá haver uma estratégia de longo prazo que enfatiza a criação de IPs desde os primeiros estágios, permitindo um crescente envolvimento dos fãs tão logo sejam lançados. A comunicação com os jogadores e a coleta de feedback sobre o que eles desejam ver pode também desempenhar um papel fundamental nessa equação.
Além disso, existe uma pressão indiscutível para a Sony não apenas inovar, mas também diversificar seu portfólio. A indústria dos jogos está em constante evolução e, com o crescimento dos serviços de subscrição e das experiências de jogos baseadas em nuvem, as tradições do passado podem não ser suficientes para sustentar a relevância no futuro. A capacidade de experimentar e incorporar novas ideias pode ser a chave para garantir que a Sony continue a ser uma força dominante no setor.