A Lockheed Martin assinou um contrato de US$ 130 milhões com o Departamento de Defesa dos EUA para aumentar a produção de mísseis ar-superfície superfície-superfície (JASSM) e mísseis antinavio de longo alcance (LRASM).
Aqui está o que sabemos
As ferramentas e equipamentos de teste serão comprados para um contrato da Força Aérea dos EUA necessário para aumentar a produção. O trabalho será realizado em Orlando, Flórida, e deve ser concluído até dezembro de 2027.
O desenvolvimento ocorre em meio a relatos de que o governo Biden está considerando armar os F-16 da Ucrânia com o míssil de cruzeiro ar-ar JASSM, que pode atingir alvos a até 370 km de distância.
Míssil de cruzeiro LRASM em voo
Flashback
O míssil LRASM é um míssil de cruzeiro anti-navio furtivo e de longo alcance. Ele é projetado para atingir alvos navais de alta prioridade, como porta-aviões e cruzadores de mísseis, a uma distância de 200 milhas náuticas (370 km).
O AGM-158 JASSM é um míssil de cruzeiro ar-superfície de precisão. Ele é projetado para engajar alvos importantes, estacionários e móveis altamente protegidos em todas as condições climáticas e a qualquer hora do dia, de distâncias além do alcance das defesas aéreas inimigas.
Fonte: Departamento de Defesa
A decisão de aumentar a produção de mísseis JASSM e LRASM reflete uma estratégia mais ampla do governo dos EUA para fortalecer suas capacidades militares e garantir que as forças armadas permaneçam atualizadas face a diversas ameaças globais. Especialmente no contexto da crescente rivalidade entre os EUA e nações como a Rússia e a China, a capacidade de realizar ataques de precisão a longa distância é considerada vital para a segurança nacional.
Além disso, a aquisição de novas ferramentas e equipamentos de teste indica um compromisso a longo prazo com a modernização e inovação tecnológica dentro das Forças Armadas. A Lockheed Martin, sendo uma das principais fornecedoras de defesa dos EUA, não só cumpre a demanda interna, mas também poderá atender a potenciais aliados que buscam fortalecer suas próprias defesas.
Esse aumento de produção não é apenas sobre a quantidade, mas também sobre a melhoria das capacidades técnicas dos mísseis. Tanto o JASSM quanto o LRASM possuem características que os tornam altamente sofisticados. O JASSM, por exemplo, é equipado com sistemas de guiamento avançados que lhe permitem evitar defesas adversárias e atingir alvos críticos em ambientes complexos de combate.
A integração do JASSM nos F-16 da Ucrânia, se realizada, poderá mudar o equilíbrio de poder na região. Esses mísseis teriam a capacidade de atingir alvos significativos a partir de uma distância que minimiza a exposição dos pilotos a riscos. Tal movimento está alinhado com os esforços americanos para apoiar a Ucrânia na sua luta contra a agressão russa de forma a garantir a segurança europeia.
Além dos aspectos técnicos, o aumento na produção de mísseis também gera discussões sobre o papel da indústria de defesa na economia dos EUA. A criação de empregos e o fortalecimento de cadeias de suprimento são fatores frequentemente destacados em conversações sobre a expansão dos programas de defesa. Em Orlando, Flórida, onde o trabalho será essencialmente concentrado, isso poderá trazer benefícios significativos para a comunidade local.
O investimento no setor de defesa, especialmente em sistemas de armas avançados como mísseis de cruzeiro, é visto não apenas como uma medida de segurança, mas também como um impulso à inovação tecnológica, pois as empresas competem para desenvolver soluções que possam atender aos requisitos militares modernos.
Assim, a decisão de aumentar a produção é multifacetada, envolvendo considerações de segurança, economia e tecnologia. Enquanto isso, as dinâmicas geopolíticas continuam a evoluir, pontuando a importância de cada novo avanço no campo da defesa. O mundo observa atentamente como estas movimentações poderão influenciar o panorama militar global.