Rússia e China já estão à frente dos Estados Unidos no desenvolvimento, produção e testes de mísseis hipersônicos.
Aqui está o que sabemos
“A China está construindo um grande número de mísseis hipersônicos. Eles planejam ter um grande estoque até o final da década, apesar do fato de já terem muito. A Rússia também tem alguma capacidade de mísseis hipersônicos. Nós os vimos sendo usados na Ucrânia. Infelizmente, isso levou à perda de muitas vidas. Os russos estão ficando para trás da China, mas ainda estão muito à nossa frente. A Rússia tem pesquisado tecnologia hipersônica nos últimos 40 anos. Em particular, os mísseis hipersônicos Kinzhal também foram usados na Ucrânia”, disse Doug Lamborn, copresidente do House Hypersonic Technology Caucus.
Segundo o congressista, o comando militar dos EUA está se preparando para um possível conflito onde a Força Aérea dos EUA terá que atingir alvos a uma grande distância. No entanto, o arsenal dos EUA inclui apenas mísseis de cruzeiro lentos que não conseguem atingir alvos estratégicos rápido o suficiente e a uma distância suficiente.
Renderização de míssil de cruzeiro HACM
“O que realmente nos une na tecnologia hipersônica é o entendimento de que estávamos liderando o mundo em tecnologia hipersônica. Mas assim que aliviamos um pouco o acelerador e desligamos o motor, vimos a China e a Rússia literalmente voando à nossa frente. E também quando vemos o que aconteceu na Ucrânia. As pessoas estão muito preocupadas. Colocar essas questões juntas realmente fala sobre a preocupação”, disse o congressista democrata Donald Norcross do Comitê de Serviços Armados da Câmara.
De acordo com Norcross, os Estados Unidos já estão melhorando sua produção militar, principalmente por causa da guerra da Rússia na Ucrânia, mas “ainda há um longo caminho a percorrer. E sim, definitivamente teremos uma Guerra Fria, já em 2025.”
Vale ressaltar que os Estados Unidos ainda estão desenvolvendo o míssil de cruzeiro hipersônico HACM para a força aérea e o planador hipersônico LRHW para o exército e a marinha.
Fonte: Voz da América
Com o aumento das tensões geopolíticas, a corrida tecnológica na área de armamentos hipersónicos adquiriu uma nova dimensão. As preocupações sobre a capacidade de resposta e a eficácia militar dos Estados Unidos têm crescido, especialmente com o avanço da Rússia e da China, que investem pesadamente em tecnologia hipersónica. Os mísseis hipersónicos, capaz de ultrapassar velocidades superiores a Mach 5, apresentam desafios significativos para os sistemas de defesa existentes, que ainda estão a ser desenvolvidos no Ocidente.
A capacidade de desenvolvimento de armas de alta velocidade não se limita apenas à produção, mas também à integração tecnológica e operacional. A Rússia, por exemplo, tem demonstrado a sua experiência em implementações práticas com o uso do míssil Kinzhal, que desempenhou um papel em ações militares na Ucrânia. Isto leva à pergunta sobre a eficácia dos sistemas de defesa antimísseis existentes, que, segundo especialistas, falham em interceptar ameaças que se movem a tais velocidades extremas.
Além disso, a China está a acelerar o seu crescimento militar, não apenas em termos de quantidade de armamento, mas também em termos de inovação tecnológica. O apelo por um maior investimento em pesquisa e desenvolvimento nos Estados Unidos está a aumentar, com políticos e especialistas a sugerirem que é imperativo revitalizar a indústria de defesa americana para que não fiquem em desvantagem. A rápida evolução acompanhada por significativos orçamentos militares na China e na Rússia está a suscitar preocupações sobre a segurança nacional americana.
Nesse contexto, várias iniciativas estão em andamento para recuperar a liderança na tecnologia hipersónica. Um exemplo disso é o programa HACM, que visa desenvolver um míssil de cruzeiro hipersônico avançado. Enquanto isso, o programa LRHW está a trabalhar em um planador hipersônico que promete melhorar a capacidade de ataque de precisão a longa distância. Contudo, a transição de protótipos para uma produção em larga escala e a implementação operativa efetiva continuam a ser os principais obstáculos enfrentados.
Simultaneamente, há um crescente reconhecimento da necessidade de colaboração entre setores e agências no âmbito militar e tecnológico para enfrentar esses desafios. Muitos especialistas defendem uma abordagem holística que não se limite apenas à tecnologia de armamentos, mas que inclua também a estratégia de defesa e os acordos internacionais. O risco de uma nova corrida armamentista hipersónica global está a tornar-se cada vez mais palpável, levando a um aumento da pressão sobre os líderes políticos e militares para que desenvolvam medidas eficazes.
Conforme o cenário global evolui, a importância da tecnologia hipersónica como um fator decisivo nas relações internacionais e na segurança nacional não pode ser subestimada. As decisões tomadas hoje terão um impacto duradouro na estrutura futurista dos conflitos armados e na segurança global. Os próximos anos serão cruciais para definir o equilíbrio de poder e a capacidade de os Estados Unidos responderem a uma era de novas ameaças e desafios tecnológicos.