O Exército Britânico iniciou voos de treinamento com seu veículo aéreo tático não tripulado Watchkeeper WK450 sobre os céus de Pärnu e da Estônia Ocidental.
Aqui está o que sabemos
Os exercícios, que começaram em 15 de agosto e durarão até o final do mês, fazem parte dos esforços para aprimorar as capacidades de inteligência, vigilância, seleção de alvos e reconhecimento (ISTAR) no flanco oriental da OTAN.
O Watchkeeper, operado pelo 47º Regimento de Artilharia Real, desempenha um papel crucial nas operações militares modernas. Este sistema avançado normalmente é baseado em Larkhall, na Planície de Salisbury, no Reino Unido. No entanto, o drone foi implantado na Estônia como parte de uma iniciativa mais ampla para fortalecer a segurança regional.
Baseado na plataforma israelense Elbit Hermes 450, o Watchkeeper WK450 ostenta um radar de abertura sintética de modo duplo e um sistema de exibição de alvo móvel, que, junto com um sensor eletro-óptico/infravermelho, fornece a ele capacidades excepcionais para todas as condições climáticas. Isso permite que ele execute uma ampla gama de missões, desde coleta detalhada de inteligência até aquisição precisa de alvos.
O sistema Watchkeeper tem uma história operacional orgulhosa, tendo sido implantado no Afeganistão e contra o ISIS no Oriente Médio. Ele também deu suporte a operações domésticas, incluindo o monitoramento de barcos de migrantes sobre o Canal da Mancha em 2020.
Fonte: Indústria de Defesa Europa
Os voos de treinamento na Estônia visam não apenas aumentar a proficiência das tropas britânicas na operação do Watchkeeper, mas também reforçar a capacidade de resposta da OTAN a possíveis ameaças na região. O uso de drones neste contexto destaca a evolução das tácticas militares, onde a tecnologia desempenha um papel fundamental na coleta de informações e na execução de operações estratégicas.
O Watchkeeper WK450, projetado para operar em estreito contacto com forças terrestres, fornece um suporte crucial para a tomada de decisões em tempo real. A sua capacidade de operar em condições adversas e sua autonomia de voo permitem que as forças de segurança tenham uma visão clara do terreno e das movimentações inimigas.
Com a escalada das tensões na Europa Oriental, especialmente devido à proximidade de conflitos e à instabilidade em países vizinhos, a presença de drones de vigilância como o Watchkeeper se torna essencial. Esses sistemas não apenas melhoram a capacidade de pesquisa e reconhecimento, mas também atuam como um elemento dissuasor, demonstrando a prontidão e o comprometimento da OTAN na defesa das suas fronteiras.
Além disso, o 47º Regimento de Artilharia Real, responsável pela operação do Watchkeeper, tem a missão crítica de assegurar que a tecnologia seja utilizada de forma eficaz e ética. Os treinamentos incluíram cenários de simulação complexos que replicam situações reais de combate, permitindo que os operadores do drone adquiram a experiência necessária para atuar em áreas de conflito.
O alcance do Watchkeeper, juntamente com suas capacidades de comunicação e integração com outras plataformas, proporciona um nível de consciência situacional que é inestimável em operações conjuntas. Isto é particularmente relevante em um contexto onde a colaboração entre diferentes países e forças armadas se tornou cada vez mais importante.
Os exercícios em Pärnu, além de formarem parte das atividades de treino das forças britânicas, também visam promover a interoperabilidade com as forças armadas estonianas e outros países da OTAN. A troca de informações e o trabalho conjunto em simulações ajudam a criar um ambiente de confiança e eficiência nas operações conjuntas, fundamentais para a missão coletiva da aliança.
O investimento contínuo em tecnologia de drones como o Watchkeeper representa uma tendência crescente nas forças armadas de diversos países, refletindo a necessidade de se adaptar a um campo de batalha em constante evolução. O uso de veículos aéreos não tripulados não só reduz o risco para as tropas, mas também potencializa a capacidade de realizar missões com maior precisão e menor impacto em civis.