O país africano de Ruanda comprou pelo menos um helicóptero de ataque russo Mi-35.
Aqui está o que sabemos
O helicóptero foi identificado durante um desfile recente na capital do país africano. A cerimônia contou com a presença de um helicóptero de ataque Mi-35M e um helicóptero de transporte Mi-171 da Força Aérea de Ruanda.
Graças à pintura do Mi-35M, foi possível identificá-lo como a mesma aeronave que foi vista durante a produção em Rostvertol em julho de 2021.
Vale a pena notar que nenhuma das partes anunciou a entrega de helicópteros Mi-35 ao país. Além disso, ainda não há informações sobre se a aeronave foi entregue entre o verão de 2021 e o verão de 2024, ou se havia alguma outra aeronave além dela.
Fonte: Militares
Além do Mi-35, a Força Aérea de Ruanda tem vindo a modernizar a sua frota com outras aquisições relevantes nos últimos anos. A compra destes helicópteros de ataque é parte de uma estratégia mais ampla para reforçar a capacidade militar do país, especialmente em face de preocupações de segurança na região dos Grandes Lagos, onde Ruanda tem sido frequentemente envolvida em operações de manutenção da paz e combate a grupos armados.
O Mi-35M é conhecido por ser uma aeronave versátil, capaz de realizar uma variedade de missões, desde apoio aéreo próximo até transporte de tropas, o que a torna uma adição valiosa para a aérea ruandense. Este modelo possui sistemas avançados de visibilidade noturna e pode operar em condições climáticas adversas, características que aumentam a eficácia das operações militares nocturnas e em ambientes complexos.
Além dos aspectos técnicos, a aquisição de aeronaves russas também reflete uma dinâmica geopolítica particular. Ruanda tem procurado diversificar suas relações militares além das tradicionais parcerias ocidentais, e o apoio da Rússia pode ser visto como uma tentativa de equilibrar influências na região. As relações entre Ruanda e Rússia têm se fortalecido ao longo dos anos, com intercâmbios em defesa e segurança.
Este movimento acontece num contexto onde muitos países africanos estão a reconsiderar suas alianças estratégicas, especialmente no que diz respeito à luta contra o terrorismo e a instabilidade política. Com operações militares sendo cada vez mais exigidas para responder a ameaças internas e externas, a modernização dos equipamentos torna-se uma prioridade para os governos africanos.
É importante mencionar que, apesar da aquisição do Mi-35M, Ruanda ainda enfrenta desafios significativos na sua força aérea e militar. A manutenção, o treino contínuo dos pilotos e a logística associada à operação de novos equipamentos são fatores críticos que podem impactar a eficácia da nova aeronave no campo de batalha.
Por fim, a entrega oficial do helicóptero, caso confirmada, poderá também levantar questões sobre a sustentabilidade do programa de modernização militar de Ruanda e o financiamento das suas operações militares em um cenário econômico que, por vezes, é volúvel.