Neste verão, o Google está introduzindo uma nova funcionalidade ao Maps que permite que os usuários de Paris mergulhem na história da cidade por meio da realidade aumentada (RA). Agora, com RA, os usuários podem ver como a Torre Eiffel parecia na Feira Mundial de 1900, explorar os pavilhões ao longo do Sena e vivenciar a atmosfera da Paris de 1700 com uma Notre Dame recriada.
Como ligá-lo
Para aproveitar o novo recurso, basta encontrar um local no Google Maps com conteúdo de RA, tocar no ícone “Experiência de RA” e levantar seu dispositivo para visualizá-lo no Lens. Se você não estiver em Paris, pode explorar a experiência pelo street view.
Esta experiência está disponível por meio do Google Arts & Culture e foi criada em colaboração com a Ubisoft. Mais recursos estão planejados no futuro.
Fonte: Google
A integração da realidade aumentada no Google Maps representa um passo significativo na forma como os utilizadores interagem com a cidade e a sua história. O potencial desta tecnologia vai além da simples visualização de monumentos históricos. Com a combinação de informações históricas, imagens em 3D e elementos interativos, os visitantes poderão aprender sobre eventos históricos, figuras importantes e mudanças arquitetónicas de uma forma mais imersiva.
Além de Paris, há discussões sobre a possibilidade de expandir esta funcionalidade para outras cidades icónicas ao redor do mundo, permitindo que mais pessoas acedam a experiências semelhantes. A colaboração com a Ubisoft, uma empresa conhecida por criar jogos que exploram mundos ricos e detalhados, sugere que a entrega do conteúdo será não apenas educativa, mas também envolvente, capturando a imaginação dos utilizadores.
Outra faceta interessante da realidade aumentada no Google Maps é a acessibilidade. O facto de ser possível explorar essas experiências através do Street View é uma forma de democratizar o acesso à cultura e à história, permitindo que pessoas que não podem viajar para Paris ainda possam experimentar elementos da cidade de forma virtual. Esta abordagem pode atrair não só turistas, mas também estudantes e amantes da história que buscam um aprofundamento nas suas investigações.
Os desafios técnicos, como a necessidade de um dispositivo móvel suficientemente potente para suportar a RA, e a precisão dos dados geoespaciais são questões que a Google terá de abordar à medida que esta funcionalidade se expande. A integração de tecnologia como a inteligência artificial para aprimorar a experiência do utilizador também poderá ser uma área de desenvolvimento futuro, proporcionando recomendações personalizadas com base nos interesses do utilizador.
Além disso, a utilização de RA pode aumentar o envolvimento dos utilizadores com o espaço urbano, incentivando uma exploração mais ativa e reflexiva da cidade, onde cada esquina pode contar uma história. Com isso, espera-se que não só a apreciação estética dos locais aumente, mas também um maior respeito pela conservação do património histórico e cultural das cidades.
Esta inovação no Google Maps também levanta questões sobre a privacidade e a utilização de dados pessoais. Como as experiências de realidade aumentada exigem acesso a informações sobre a localização e, potencialmente, aspectos do ambiente do utilizador, será importante que a Google aborde estas preocupações de forma transparente, garantindo que a privacidade dos utilizadores seja respeitada e protegida.